Para se conhecer e se encontrar é preciso desapegar-se de si mesmo e de tudo que tente fazer esse trabalho por ti. Afastar-se de alguns pontos de vistas, conceitos e pré-conceitos que estipulamos. Não exite em reformular, repensar e recomeçar sempre que necessário. Nossa vida é construída por mudanças constantes e não há como desviar desse curso. É preciso atrofiar nosso orgulho, amortecer os egos e se desconstruir para que a metamorfose da existência possa nos alcançar. Ainda que seu molde seja disforme, sem regras ou sentido. Nem sempre a lucidez trará todas as respostas, quiçá não seja preciso fazê-lo.
Saiba perceber e reconhecer aquele te estende a mão e te cuida. Que te valoriza e te estima, exatamente por ser como e quem você é. São raros e não se encontram todo dia, mas são de verdade e para sempre. Crie mais pontes, desfaça os muros que separam as diferenças. Sim, elas existem desde sempre, e jamais se esgotarão. Nossas diferenças são o nosso denominador comum, pois por sermos diferentes é que somos todos iguais.
E, neste detalhe, reside toda a beleza de tudo o que existe. Imagina o quão entediante e enfadonho o mundo seria se tudo fosse programado, padronizado, engessado e uniforme! Se vivêssemos numa bolha onde a divergência e consciência só existisse na teoria!
Não tenha medo de assumir o que você é. Esmere-se para descobrir e conhecer cada peculiaridade e contradição que existam em em ti, pois elas compõem cada traço dessa poeira cósmica cheia de vida que habita em você. Tenha consciência que no caminho haverá pedras e espinhos. Em alguns momentos, a dor será inevitável. Mas virá dela o amadurecimento e força necessários para seguir em frente…