Encontros

Os desencontros da vida ensinam o significado dos verdadeiros encontros, que se dão quando simplesmente acontecem, no verdadeiro sentido da palavra. Sim, aqueles totalmente desprogramados, senhores de si. Encontramos, verdadeiramente, aquilo que não é alvo da nossa procura. Paradoxal, certamente. Incompreensível, também. E quem disse que a vida permite ser desvendada? 

Os desencontros também marcam, ficam. São difíceis de esquecer. Acontecem no descompromisso ocasional de uma eventualidade passageira, como um instante eterno, aquele eterno enquanto durar. Nosso grande erro é sempre sentir estar a procura de algo ou alguém. Dificilmente percebemos que, na verdade, somos encontrados. Aquilo que é para ser nosso vem ao nosso encontro, ainda que seja necessário desencontros, tudo conspira a favor. 

Quando aprendermos que a vida tem seus próprios caminhos e que ela é senhora de si, pararemos de dar murro em ponta de faca e de nos machucarmos atoa. Viver no fluxo desenhado pelo nosso destino é uma das missões mais difíceis que precisamos cumprir. Abrir mão da nossa pressa, deixar de lado nossa ansiedade e aceitar os fatos como eles se apresentam sempre será um desafio. Porém, é fundamental para o nosso desenvolvimento enquanto seres humanos.

Permita-se desencontrar-se de si, às vezes, pelo menos. Mudar algumas opiniões, rever alguns conceitos, abrir-se ao desconhecido. Aos poucos, vamos nos encontrando, novamente. E, como fênix, renascemos das cinzas…

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