Não tenho garantias para oferecer

Não tenho garantias para oferecer, mas quero compartilhar o melhor de mim. O que vou receber de volta não importa, não crio expectativas com o que não depende de mim. Simplesmente sou o que sou, às vezes mudo, outras deixo de ser. Não tenho a pretensão de me entender, me defender. Quero apenas viver de acordo com as minhas regras, e posso quebrá-las todas. Minha intuição continua sendo meu guia, gosto de ouvir a voz do meu coração. Mudo de opinião constantemente, assim como não sou mais o que fui ontem. 

Tenho medos bobos e uma coragem admirável. Não desisto do que acredito ser certo, mas reconheço que nem toda convicção é eterna e, às vezes, mudar é inevitável. Sofro de ingenuidade aguda, acredito nas pessoas, que elas podem tornar-se melhores. Acredito que segundas chances são necessárias para que novos recomeços possam nascer. Luto constantemente contra a desgraça nossa de cada dia, acreditando que dias melhores sempre virão. 

Gosto de piadas sem graça, valorizo qualquer tentativa de fazer sorrir e admiro quem consegue fazê-lo, mesmo diante dos dissabores da vida. O sorriso é a forma mais bela de protesto que podemos utilizar, e contagia, marca. Aprecio vozes que se calam quando entendem que o esforço não vale a pena. Olhares que falam quando o silêncio é a única resposta possível. Enxergo no contraditório a beleza do incerto, uma chance para recomeçar.

Admiro quem me critica, pois reconheço que estou em processo de construção e que não atingi a perfeição. Não há nada que, sendo bom, não possa ficar um pouco melhor. Elogios nos animam, mas a evolução só é possível após a constatação daquilo que nos atrapalha. E, nem todos têm coragem de nos falar a verdade, por mais dura que ela seja. Amigos verdadeiros não falam somente o que soa bem aos nossos ouvidos, mas o que é necessário, e são raros. 

 

Não tenho garantias para oferecer, nunca terei e quem é que pode ter?!

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